OS 10 MELHORES FILMES DE 2024
2024 foi um ano recheado de filmes: foram 200 assistidos no total, e, desses, apenas 70 do ano passado. A ideia desta publicação é fazer um apanhado desses 70 filmes, em uma lista com os 10 melhores, conforme a minha opinião.
Os critérios para a montagem da lista levaram em conta estreias internacionais e nacionais do circuito comercial. Alguns dos filmes estrearam internacionalmente em 2024, mas, no Brasil, chegarão entre janeiro e fevereiro deste ano, com exceção de um dos filmes, que, em virtude de uma posição tosca de lançamento da Warner, não recebeu data de estreia (nos cinemas) no Brasil. A lista também conta com estreias de festivais de cinema, que chegarão ao circuito comercial brasileiro apenas no ano de 2025. Para que não fique confuso, colocarei na descrição de cada filme onde é possível assistí-los.
Antes de qualquer coisa, acho importante citar as menções honrosas: Sorria 2 (2024, de Parker Finn), Love Lies Bleeding: O Amor Sangra (2024, de Rose Glass), Memórias de um Caracol (2024, de Adam Elliot), e A Substância (2024, de Coralie Fargeat). Até a publicação dessa lista eu ainda não assisti a alguns dos filmes que estava ansioso para ver no ano passado, então filmes como Aqui (Robert Zemeckis), Oeste Outra Vez (Érico Rassi), Baby (Marcelo Caetano), O Senhor dos Mortos (David Cronenberg), Wicked (Jon M. Chu) e O Quarto ao Lado (Pedro Almodóvar), não entrarão para consideração, ao menos no momento (prometo futuramente fazer um destaque nesta mesma publicação, acrescentando mais menções honrosas). Dito isso, bora para a lista!
10. ANORA
O décimo filme da lista é uma dramédia, Anora (2024), de Sean Baker, que, apesar de ter estreado em maio de 2024 no Festival de Cannes (foi o vencedor da Palma de Ouro, o prêmio de maior prestígio desse festival), possui data de estreia nos cinemas brasileiros apenas para 23 de janeiro de 2025. Temos aqui a história de Anora, uma profissional do sexo estadunidense, que se apaixona e casa com o herdeiro de um oligarca russo. Como nem tudo são flores (ou talvez nada seja), Anora precisa lidar com a ameaça ao seu relacionamento quando a família de seu cônjuge decide que o casamento deve ser anulado.
A sequência em que a família do herdeiro russo delimita que quer o casamento dele e de Anora anulado é hilária e nos fisga pelo absurdo dos acontecimentos. Gosto de como a galhofa dos mafiosos russos destoa da caracterização deles e de como Sean Baker consegue lidar muito bem com o equilíbrio entre dramaticidade e humor. A cena derradeira do filme guarda ideias interessantes sobre emoções reprimidas e o sexo como o único valor possível que a própria personagem depreende de si mesma. Contudo, de alguma forma, acaba revelando a perspectiva do próprio diretor em relação a profissionais do sexo, em um olhar que aparentemente sempre encara a personagem como Ani, a profissional do sexo, que só conhece o sexo, e não como Anora, a mulher que existe para além disso tudo.
Apesar desse olhar questionável de Sean Baker para com sua protagonista, sinto que a história é muito bem ritmada e que consegue mergulhar o espectador na sua experiência, a ponto de, no final da história, depois de tanto nos fazer rir do ridículo, nos convidar para um abraço necessário de conforto diante de toda a tristeza da decepção.
ONDE ASSISTIR: Estreia nos cinemas, em 23 de janeiro de 2025.
9. THELMA
Thelma (2024), de Josh Margolin, é uma comédia dramática que teve estreia no Festival de Sundance ainda em janeiro do ano passado, e no Brasil, encontra-se disponível para aluguel na plataforma do Prime Video. O longa conta a história de Thelma Post, uma mulher de 93 anos, que, após ser enganada por golpistas que se passavam por seu neto, embarca em uma jornada perigosa em Los Angeles, buscando reaver o dinheiro perdido.
Existem passagens interessantes sobre etarismo, dependência e falta de autonomia na tomada de decisões, além da solitude na terceira idade, que possuem algum potencial de afetar os espectadores de diversas faixas etárias, principalmente aqueles que possuem uma relação próxima com seus avós/netos.
Para além de explorar ideias concernentes ao envelhecimento, gosto muito de como o roteiro de Margolin consegue trabalhar clichês dos filmes de ação dentro de uma roupagem humorística. A sequência da fuga no lar de idosos foi uma das que mais me arrancaram risadas em 2024, e gosto bastante das referências estéticas às cenas de perseguição e espionagem de Missão: Impossível. É aquele típico filme de conforto, que proporciona uma sessão bastante divertida e, de quebra, te emociona ao ponto de marejar. Thelma é um recado audiovisual de Josh Margolin, que, ao gravar um filme inspirado em uma história real de sua própria avó, te lembra de valorizar as suas enquanto você ainda pode.
ONDE ASSISTIR: Disponível em plataformas de compra e aluguel digital de filmes, como Prime Video, Apple TV e Claro Video.
8. FERNANDA YOUNG: FOGE-ME AO CONTROLE
Não me considero a pessoa mais indicada para tecer comentários sobre seriados, em virtude de considerar meu repertório de TV Shows bastante limitado, tanto em conhecimento dos meandros das produções televisivas quanto pelo número nada expressivo de obras assistidas. Dentre as poucas coisas que assisti, sempre lembro com muito carinho de Minha Nada Mole Vida (2006-2007), Os Normais (2001-2003) e Separação!? (2010). Todos esses títulos são trabalhos da polêmica Fernanda Young, que sempre teve como marca a acidez, audácia e excentricidade humorística de seus textos.
Saber que Fernanda teria um filme em sua homenagem foi motivo de grata felicidade, mas confesso que ainda assim, não nutria expectativas em relação ao que seria entregue. Havia um receio da minha parte quanto ao tipo de registro e narrativa assumidos nesse projeto, mas, felizmente, essa preocupação se desfez com poucos minutos de rodagem.
Tenho uma queda colossal pelo gênero documentário, e esse filme em específico foi uma grata surpresa, talvez a maior do ano passado, em virtude de como Susanna Lira conduz os modos documentais em Fernanda Young: Foge-me ao Controle (2024). Existe um respeito e compreensão muito grandes da homenageada, de forma que o filme abandona estruturas regulares de cinebiografias documentais, abraçando um estilo muito mais devaneante, apostando em colagens, vídeos e trechos de trabalhos literários e audiovisuais da artista, colocando-a como o ponto central de tudo, dotada de força motriz suficiente para tocar os rumos do longa. Toda essa irreverência de uma montagem quase anárquica talvez tenha sido o grande trunfo desse filme, que, diferentemente dos demais filmes homenagem/cinebiografias de 2024 que assisti (Meu Nome é Gal, Mamonas Assassinas, Back to Black, One Love ou Silvio), conseguiu realmente evocar a memória da inesquecível Fernanda Young, que provavelmente teria se revirado no caixão com qualquer abordagem mais careta de sua própria trajetória.
ONDE ASSISTIR: Disponível no serviço de streaming da Claro TV+.
7. FLOW - À DERIVA
Na semana anterior à escrita desta publicação, chegou ao meu conhecimento que o sétimo colocado desta lista, Flow - À Deriva (2024), teria sido animado inteiramente em um programa de código aberto, o Blender. Pesquisei mais a fundo e confirmei que, de fato, foi 100% animado no programa mencionado. Já estudei animação em um momento específico da vida, e como não tinha condições financeiras de pagar pelo pacote Adobe, tive nos programas de código aberto grandes aliados, e dentre eles, o grandioso Blender. Aquece meu coração que um dos possíveis indicados a melhor animação do Oscar de 2025 tenha sido animado em um programa inteiramente gratuito. É possível fazer trabalhos incríveis com programas de código aberto, e sempre serei defensor disso, sendo o filme de Gints Zibalodis um exemplo desse feito.
O filme conta a história de um gatinho solitário que perdeu sua moradia em virtude de uma grande enchente, encontrando refúgio em um barco repleto de outras espécies de animais. Agora, o gatinho, durante a navegação, precisa lidar com os desafios da coletividade.
Recentemente, assisti a Robô Selvagem (2024), e acho interessante como Flow consegue, ainda que compartilhando boa parte das temáticas puxadas pelo primeiro, ser muito mais efetivo na sua utilização da linguagem audiovisual. Zibalodis confia tanto em suas imagens para transmitir as ideias de fortalecimento do senso de comunidade, ambientalismo e sustentabilidade, que sequer se utiliza de diálogos para tal. Eu gosto de cineastas que confiam no próprio taco e brincam de contar histórias com luz e sombra (e que trabalho de cinematografia!). Ainda assistirei mais animações de 2024, mas acho difícil que vá encontrar alguma que consiga chegar tão longe, com ideias tão simples.
ONDE ASSISTIR: Estreia nos cinemas, em 23 de janeiro de 2025.
6. MOTEL DESTINO
Motel Destino (2024), de Karim Aïnouz, foi um dos representantes do Brasil no Festival de Cannes e teve sua estreia em terras brasileiras no mês de agosto do ano passado. No longa, Heraldo precisa se livrar de uma dívida e tenta assaltar um banco, mas não é bem-sucedido em sua empreitada. Ele busca esconderijo em um motel de beira de estrada, onde conhece Dayana, mulher casada, por quem Heraldo se apaixona perdidamente.
O filme me ganhou pelo colorido. No campo imagético, a granulação apertou as mãos da supersaturação e percorreu os caminhos do filme, esbanjando as luzes e cores mais vivas possíveis. Isso cria um calor quase palpável, que está sempre presente ali, durante toda a rodagem, seja a céu aberto, nas águas e areias das praias cearenses, ou nos corredores do Motel Destino. O sol, suor e cores neon se fazem personagens dessa história e marcam não só a intensidade desse destino que parece perseguir Heraldo, como também a força do desejo que ele passa a sentir por Dayana. Outra coisa interessante é que, em Motel Destino, o crime não é apenas dinâmico, mas também estiloso e artístico. Bambina, a cabeça do esquema criminoso da localidade, além de pintar quadros e os distribuir pelos quatro cantos do Ceará (presumo, em virtude das suítes do motel serem todas decoradas com suas obras), ainda possivelmente estabeleceu um código de vestimenta para o seu bando. Todos andam trajados com peças de muito bom gosto, bastante coloridas, e com a maquiagem em dia. A estética talvez não seja tudo, mas às vezes ela meio que é, e em Motel Destino, ela faz valer a sessão, e muito.
ONDE ASSISTIR: Disponível tanto no serviço de assinatura do Telecine, quanto para compra e aluguel no YouTube e Apple TV.
5. CIDADE; CAMPO
Vencedor do prêmio de melhor direção da Mostra Encounters da Berlinale e do Kikito de Ouro de melhor filme do Festival de Gramado, Cidade;campo (2024), de Juliana Rojas, teve sua estreia no Brasil datada em agosto do ano passado. O filme acompanha a história de duas mulheres que transitam entre a vida urbana e rural em busca de um novo começo. Após um desastre natural devastar suas terras, Joana foge para São Paulo, onde tenta recomeçar do zero em um ambiente desconhecido. Enquanto isso, Flávia se muda com sua esposa, Mara, para a fazenda de seu falecido pai, onde ambas enfrentam os desafios de se adaptar à vida no campo.
O diálogo de duas histórias femininas sobre recomeços, transformações, êxodo rural e urbano, parentalidade, precarização do trabalho e luto. Acho interessante como a existência dessa conversa, de alguma forma, dispensa a coesão como elemento sine qua non para o andamento da narrativa. O espelhamento na abordagem dessas temáticas dentro de cada história já serve como a liga que as conecta, e isso é feito com qualidade. Gosto bastante da inventividade com que Rojas trabalha a linguagem, de forma a conseguir contar uma história dramática, com comentários sócio-políticos contundentes, que flerta com o fantástico e tem espaço até mesmo para um momento musical. Mais um filme para consolidar Juliana Rojas como uma das melhores cineastas brasileiras contemporâneas. Não direi muito mais do que isso: assistam ao filme, assistam toda a filmografia de Juliana.
ONDE ASSISTIR: Disponível tanto no serviço de assinatura do Telecine, quanto para compra e aluguel no YouTube e Apple TV.
4. JURADO Nº2
Um pai de família serve como jurado em um importante julgamento de assassinato. Ele se depara com um dilema moral significativo que pode influenciar o veredito do júri, potencialmente condenando ou absolvendo o réu acusado de homicídio. Essa é a sinopse do drama de tribunal, e possível último filme da carreira de Clint Eastwood, Jurado Nº 2 (2024), que, em virtude de uma política horrorosa de distribuição da Warner Media, não recebeu data de estreia nos cinemas aqui no Brasil, vindo diretamente para o streaming da Max. Deplorável esse posicionamento.
Falando do filme, é fato que Clint domina muito bem a semântica audiovisual. Algumas de suas escolhas não saíram da minha cabeça até agora: enquadrar Hoult e Collette em frente à estátua da justiça, marca não só esse cutucar filosófico na dualidade conceitual da justiça enquanto noção abstrata, mas também nos faz confrontar a representação iconográfica daquele sistema judicial em ruínas, e talvez da própria sociedade estadunidense. A linha de diálogo que marca essa sequência é arrebatadora:
"Sometimes, the truth isn’t justice."
Outra coisa que gosto de pensar é que trata-se de um filme muito mais sobre a verdade do que sobre a justiça, propriamente dizendo. É fato que ambas caminham juntas nesse embate filosófico, que fica especialmente marcado no fenomenal plano e contraplano da derradeira cena. Mas, no fim das contas, durante a rodagem do longa, fica evidente que aos indivíduos que compõem o júri, e os demais trabalhadores da justiça, importam muito mais as suas próprias ideologias, necessidades, conveniências e convicções. As suas verdades, que são múltiplas, estão acima daquilo que supostamente se entende como justo, e boa parte deles conseguirá dormir tranquilamente com isso. As jornadas contrapostas e invertidas de Hoult e Collette, no que tange à culpa e indiferença, também gritam aos olhos na cena final. Realmente, é impressionante o que esse senhor de 94 anos sabe de cinema. Caso seja de fato seu último filme, a despedida foi em grandíssimo estilo.
ONDE ASSISTIR: Disponível no serviço de streaming da Max.
3. AINDA ESTOU AQUI
No início da década de 1970, o Brasil enfrenta o endurecimento da ditadura militar. No Rio de Janeiro, a família Paiva - Rubens, Eunice e seus cinco filhos - vive à beira da praia em uma casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece.
O segundo melhor filme brasileiro de 2024. Escrevi uma crítica sobre o filme aqui no site. Caso se interesse em saber o que eu achei do filme, é só clicar aqui: link da crítica.
ONDE ASSISTIR: Estreou nos cinemas em 7 de novembro do ano passado, e segue em cartaz em boa parte dos cinemas brasileiros.
2. RIVAIS
Rivais (2024), de Luca Guadagnino, teve estreia no Brasil no mês de abril do ano passado e foi o filme que abriu a última edição do Festival de Veneza. Atualmente, encontra-se disponível no catálogo do Prime Video ou em lojas de aluguel digital. Conta a história de Tashi, uma tenista prodígio que virou treinadora e, nessa função, alavancou a carreira de Art, seu marido, transformando-o em um campeão mundial amplamente reconhecido. Para tirá-lo de uma recente sequência de derrotas, ela o inscreve para um evento "Challenger" — próximo ao nível mais baixo de torneio profissional — onde ele se encontra do outro lado da rede de seu antigo melhor amigo e ex-namorado de Tashi, Patrick.
Temos aqui o filme mais tesudo de 2024. Transforma o tênis, e a própria competitividade em si, em uma tensão sexual de constante crescimento, muito bem administrada por Luca, que quer experimentar cada sabor, reparar em cada gotícula de suor de seus tenistas/amantes/competidores. Abusando de closes, brincando com perspectivas da câmera subjetiva – que, em certo momento, até com a bola se desloca – sempre muito interessado nas caras e bocas de seu trio de atores principais, com zooms primorosos que revelam todos os desejos e escancaram o esporte, os afetos e o sexo, como alguns dos campos dessas disputas, ao fim, nos permitindo o tão esperado orgasmo, com direito a arrepios e gritos de empolgação.
ONDE ASSISTIR: Disponível no serviço de streaming do Prime Video, assim como para compra e aluguel no próprio Prime Video, Microsoft Video e Apple TV.
1. GREICE
Meu filme favorito de 2024 foi assistido ao apagar das luzes, nos últimos dias de dezembro, e trouxe o que, para mim, foi a melhor experiência fílmica brasileira do ano passado. Greice (2024), de Leonardo Mouramateus, coloca no centro da ação Greice, uma garota brasileira que estuda em Lisboa. Ao se envolver com um rapaz misterioso, ela acaba sendo acusada de um estranho incidente que ocorre na festa de boas-vindas universitária, o que a obriga a retornar à sua cidade natal para renovar o visto. Escondida em um hotel, enquanto tenta impedir que sua mãe descubra que está de volta ao país e, com a ajuda de alguns amigos, Greice busca encontrar um lugar de conforto no mundo.
Confesso que, quando se trata de protagonismos dentro do cinema contemporâneo, acabo tendo muita consideração por histórias que tenham o culhão de elaborar sobre uma personalidade controversa ou minimamente mais complexa em sua moralidade. Ultimamente, tem sido uma tônica essa formação de espectadores incapazes de lidar com o incômodo de personagens falhos, que se posicionam ou comportam de maneiras moralmente questionáveis e, pior, de forma diferente daquela que eles mesmos supostamente adotariam. Essa tendência de encarar a telona exclusivamente como um espelho alimenta uma cultura de aversão àquilo que é divergente, complexo e talvez simplesmente real. É se impedir não só de olhar de verdade para o outro, mas também de temer observar as entranhas de si mesmo.
Nesse sentido, é acertado afirmar que, sem Amandyra, nada disso seria possível. Ela entrega a autenticidade de uma trambiqueira safada e, aos poucos, registra, nas sutilezas de sua atuação, que estamos lidando com mais do que isso. O roteiro de Mouramateus foi muito feliz na composição dessa personagem, que possui um dos estudos mais interessantes do ano que ficou. Greice é uma pilantra de primeira linha e mente sempre que possível, não apenas quando aparentemente precisa. Além disso, é democrática nessa desonestidade: mente para todos que conhece — namorado, ficante, família e amigos — sem aparentar carregar peso na consciência.
O ponto que mais me afeiçoa na personagem é a construção e manutenção dos afetos em meio à mitomania. Greice mente compulsivamente, mas ela ama, se apaixona, tem ambições particulares e mantém família, amigos e romances nas duas extremidades do Atlântico. Greice é tão humana, tão falível, que fica impossível não querer saber mais sobre seu destino ao fim do filme. Eu tranquilamente assistiria a uma série sobre Greice.
ONDE ASSISTIR: Disponível para compra e aluguel na Apple TV.


